terça-feira, 7 de setembro de 2010

INJECOES

Quais são as injeções que mais doem?

A dor da picada depende de três fatores principais: o calibre da agulha, a profundidade em que a injeção é aplicada e a substância contida na seringa. "Substâncias mais viscosas, por exemplo, são mais difíceis de dispersar pelo tecido, e, portanto, podem doer mais", diz Marta Heloísa Lopes, médica da Faculdade de Medicina da USP. Em relação à profundidade e ao calibre, a regra é clara: quanto mais profunda e mais grossa a agulha, maior a dor. A temida Benzetacil combina todos os fatores: é um medicamento viscoso, aplicado dentro do músculo e com uma agulha de calibre relativamente grosso. Ai!.

Agulhas sob medida

Subcutânea (18 x 0,4 mm)
Intradérmica (10 x 0,45 mm)
Intravenosa (25 x 0,8 mm)
Intramuscular (40 x 0,9 mm)
Intra-articular (30 x 0,7 mm)
Intra-óssea (36 x 2,3 mm)

À flor da pele
Quanto mais profunda a injeção, maior o grito de "ai!" do paciente

INTRADÉRMICA
EXEMPLOS DE LOCAIS DE APLICAÇÃO - Antebraço
EXEMPLO - Testes de alergia ou vacina BCG
AGULHA INDICADA - 10 mm de comprimento por 0,45 mm de calibre

É a mais fácil de aplicar, já que a agulha só precisa chegar às camadas superficiais da pele, a epiderme e a derme. Os medicamentos têm que ser colocados em quantidades mínimas - em geral, 0,1 ml - e são pouco absorvidos pela corrente sanguínea

INTRAVENOSA
EXEMPLOS DE LOCAIS DE APLICAÇÃO - Antebraço e dorso da mão
EXEMPLO - Soro e antibióticos
AGULHA INDICADA - 25 mm de comprimento e 0,8 mm de calibre

É aplicada na veia e tem efeito imediato. Já que vai direto para o sangue, pode ser usada uma grande quantidade de líquido. Os medicamentos - principalmente antibióticos - costumam ser diluídos em soro para não irritar o local

INTRA-ARTICULAR
EXEMPLOS DE LOCAIS DE APLICAÇÃO - Articulações como joelhos, cotovelos e punhos
EXEMPLO - Anestesias, anti-inflamatórios
AGULHA INDICADA - 30 mm de comprimento por 0,7 mm de calibre

Nas injeções deste tipo, as medicações são colocadas diretamente nas articulações. É bastante usada em operações que requerem anestesias locais

SUBCUTÂNEA
EXEMPLOS DE LOCAIS DE APLICAÇÃO - Deltoides, coxa, abdômen e glúteos
EXEMPLO - Insulina (medicamento para diabéticos)
AGULHA INDICADA - 18 mm de comprimento por 0,4 mm de calibre

É aplicada na camada de gordura entre o músculo e a pele. Nessa região, os medicamentos são absorvidos de modo lento e constante. A quantidade absorvida é menor, de 0,5 a 2 ml

INTRAMUSCULAR
EXEMPLOS DE LOCAIS DE APLICAÇÃO - Glúteos, deltoides e coxa
EXEMPLO - Benzetacil, antibiótico para tratar infecções
AGULHA INDICADA - 40 mm de comprimento por 0,9 mm de calibre

Profunda, a injeção atravessa toda a pele até chegar ao músculo. Por serem ricos em vasos sanguíneos, os músculos absorvem bem os líquidos injetados e suportam doses maiores, de até 5 ml

INTRAÓSSEA
EXEMPLOS DE LOCAIS DE APLICAÇÃO - Na medula óssea (tecido que preenche a cavidade interna de ossos como tíbia e fêmur)
EXEMPLO - Infusão de sangue e medicamentos como morfina e corticosteroides
AGULHA INDICADA - 36 mm de comprimento e 2,3 mm de calibre
Em paradas cardiorrespiratórias e situações que dificultem a injeção na veia, aplica-se o remédio dentro do osso com agulhas mais grossas.

IRUXOL

IRUXOL
cada g de pomada contém: colagenase 0,6 UI;cloranfenicol 0,01 g.
Posologia e Administração - IRUXOL
a finalidade do uso de Iruxol é de limpeza enzimática de lesões superficiais. Para obter sucesso no tratamento deve ser observado o seguinte: Iruxol deve ter um contato bom e uniforme com toda a área lesada; por isso, a pomada deve ser aplicada uniformemente, com espessura de cerca de 2 mm. O efeito nas necroses crostosas é melhorado, abrindo- se um corte no centro e em alguns casos nas margens, seguido de aplicação da pomada, tanto por baixo da crosta como por cima. Não se deve procurar secar a lesão, pois a presença de umidade aumenta a atividade enzimática. Material necrótico completamente seco ou duro deve ser amolecido, primeiramente por meio de compressas úmidas. Após a aplicação da pomada, cobrir a lesão com gaze e umidecê-la com água destilada ou soro1 fisiológico. Não utilizar quaisquer detergente, sabão ou solução anti-séptica (álcool iodado, mercúrio cromo, etc.), já que estes produtos inativam a ação de Iruxol. O curativo de Iruxol deve ser mudado diariamente. É possível aumentar o efeito enzimático, aplicando a pomada duas vezes ao dia. Deve ser removido, com cada troca de curativo, todo material necrótico desprendido; isto se faz através de pinça, espátula ou por lavagem, tendo o cuidado de não utilizar detergente ou sabões. - Superdosagem: em caso de superdosagem, o médico deve ser imediatamente comunicado, de modo a instituir terapêutica adequada.
Precauções - IRUXOL
a fim de se evitar a possibilidade de reinfecção, deve- se observar rigorosa higiene pessoal durante a utilização do produto. O uso prolongado de antibióticos pode, ocasionalmente, resultar no desenvolvimento de microorganismos não susceptíveis, inclusive fungos. Caso isto ocorra, deve-se descontinuar o tratamento e tomar as medidas adequadas. - Interações medicamentosas: o emprego adicional de outros preparados de aplicação tópica pode diminuir a eficácia terapêutica de Iruxol.
Reações adversas - IRUXOL
ardência, dor, irritação, eczema2, rubor e reações de hipersensibilidade ao cloranfenicol são passíveis de ocorrer com ou uso do produto. Discrasias sangüíneas3, incluindo anemia4 aplástica, podem ocorrer com o uso de cloranfenicol tópico5, sendo porém muito raras.
Contra-Indicações - IRUXOL
hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Indicações - IRUXOL
limpeza de lesões, independentemente de sua origem e localização: em ulcerações e necroses (úlcera6 varicosa, úlcera6 por decúbito, gangrenas das extremidades, especialmente gangrena7 diabética, congelamentos); em lesões de difícil cura (lesões pós- operatórias, por irradiação e por acidentes); antes de transplantes cutâneos.
Apresentação - IRUXOL
bisnaga com 15, 30 e 50 g.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

TIPOS DE CURATIVOS

TIPOS DE CURATIVOS

ÁCIDO LINOLEICO-AGE

O ácido linolênico é vital para a função de barreira , é o maior componente lipídico no extrato córneo normal gorduroso;

É vital para a resistência à água, pois é o maior constituinte da barreira epidérmica (60%).

É o único que tem capacidade de reverter ou reparar a função de barreira da pele onde a deficiência dietética não está envolvida.

Estes tem grande ação na aceleração do processo de cicatrização pois auxiliam a quimiotaxia e diapedese dos leucócitos.

É indicado: para lesões abertas não intactas, e profilaxia das ulceras de pressão.

Modo de usar:

Aplicar no local afetado utilizando uma gaze;

Trocar a cada 12 à 24 horas

ALOE VERA – BABOSA

Trata-se de curativo não aderente com aloe Vera. É empregado como gaze não aderente.

Pode ser utilizado in natura.

É indicado: queimaduras de primeiro e segundo grau, ulcerações refratárias, dermatite de contato periostomia.

Modo de usar:

Freqüência de troca 12 à 24 horas.

SULFADIAZINA DE PRATA

É uma pomada hidrofílica, composta por sulfadiazina de prata a 1%.

Pode ser associada: nitrato de cério, acido hialurônico.

Mecanismo de ação:

Prata: confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais, provoca precipitação protéica e age diretamente na membrana citoplasmática bacteriana.

Modo de usar:

Freqüência de troca é recomendada a cada 12 horas.

HIDROGEL

Composição: carboximetilcelulose + propilenoglico + água (70 a 90%)

Ação: debridamento autolitico/ remove crostas e tecidos desvitalizados em feridas abertas.

Forma de apresentação: Amorfo e placa

HIDROCOLÓIDE

Composição: carboximetilcelulose + gelatina + pectina.

Forma de apresentação: amorfo e placa

Ação: é hidrofílico, absorve o exsudato da ferida, formando um gel viscoso e coloidal que irá manter a umidade da ferida.

PAPAÍNA

Composição: enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e frutos da planta Carica Papaya.

Forma de apresentação: pó, gel e pasta.

Atuação: desbridante (enzimático) não traumática, anti-inflamatória, bactericida, estimula a força tensil das cicatrizes, pH ótimo de 3 – 12, atua apenas em tecidos lesados, devido a anti-protease plasmática (alfa anti-tripsina).

Observações: diluições: 10% para necrose, 4 a 6% para exsudato purulento e 2% para uso em tecido de granulação.

Cuidados no armazenamento (fotossensível) e substancias oxidantes (ferro/iodo/oxigênio), manter em geladeira.

FIBRINOLISINA

Composição: fibrinolisina (plasma bovino) e desoxorribonuclease (pâncreas bovino).

Forma de apresentação: pomada

Ação: através da dissolução do exsudato e dos tecidos necróticos, pela ação lítica da fibrinolisina e do ácido desoxorribonucleico e da enzima desoxorribonuclease.

Observações: monitorar a sensibilidade do paciente.

ALGINATO DE CÁLCIO E SÓDIO

Composição: 80% íon cálcio + 20% íon sódio + ácidos gulurônico e manurônico (derivados de algas marinhas).

Forma de apresentação: cordão e placa

Ação: hemostasia, debridamento osmótico, grande absorção de exsudato, umidade (formação de gel).

AÇÚCAR

Composição: sacarose

Forma de apresentação: em granulos

Ação: efeito bactericida, proporcionado pelo efeito osmótico, na membrana e parede celular bacteriana.

Observação: é necessário troca de 2/2 horas para manter a sua ação, feridas com necrose de coagulação, queimaduras, pacientes obesos, desnutridos e com idade avançada.

FILMES TRANSPARENTES

Composição: filme de Poliuretano, aderente (adesivo), transparente, elástico e semi-permeável.

Ação: umidade, permeabilidade seletiva, impermeável a fluidos.

Observação: pode ser utilizado como cobertura secundária. Trocar até 7 dias.

HIDROPOLÍMERO

Composição: almofada de espuma composta de camadas sobrepostas de não tecido e revestida por poliuretano.

Indicação: feridas abertas não infectadas com baixa ou moderada exsudação.

Contra-indicação: feridas infectadas e com grande quantidade de exsudação.

Observação: uso de talco para aumentar poder de adesividade.

GAZE DE ACETATO IMPREGNADA COM PETROLATUM (ADAPTIC)

Composição: tela de acetato de celulose, impregnada com emulsão de petrolatum, hidrossolúvel.

Ação: proporciona a não aderência da ferida.

Indicação: áreas doadoras e receptoras de enxerto, abrasões e lacerações.

Contra-indicação: alergia

CARVÃO ATIVADO E PRATA

Composição: carvão ativado com prata à 0,15%, envolto por não tecido de nylon poroso, selado nas quatro bordas.

Ação: absorve exsudato, absorve os microorganismos, filtra odor, bactericida (prata).

Indicações: feridas fétidas, infectadas ou com grande quantidade de exudato.

Contra indicações: feridas com exposição ósteo-tendinosas, em assistidos/clientes que apresentem hipersensibilidade ao náilon.

Observação: não pode ser cortado

Pode ser associado a outros produtos, como: alginato de cálcio e sódio.

Freqüência de troca segundo a saturação, em média com 48 a 72 horas.

ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL (AGE)

Composição: óleo vegetal composto por ácidos linoleico, caprílico, cáprico, vitaminas A, E e lecitina de soja.

Ação: quimiotaxia leucocitária, angiogênese, umidade, gactericida.

Indicação: prevenção e tratamento de ulceras, tratamento de feridas abertas.

Contra-indicação: alergia

Observação: pode ser associado a outras coberturas.

PRODUTOS DERIVADOS DO IODO

Composição: Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI)

Ação: penetra na parede celular alterando a síntese do ácido nucléico, através da oxidação.

Indicação: antissepsia de pele e mucosas peri-cateteres.

Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.

Observações: é neutralizado na presença de matéria orgânica, em lesões abertas altera o processo de cicatrização (citotóxico para fibroblasto, macrófago e neutrófilo) e reduz a forca tensil do tecido.

CLOREXIDINA

Composição: Di-glucanato de clorexidina

Ação: atividade germicida por destruição de membrana citoplasmática bacteriana.

Indicação: antissepsia de pele e mucosa peri-cateteres.

Contra-indicação: feridas abertas de qualquer etiologia.

Observações: a atividade germicida se mantém mesmo na presença de matéria orgânica, citotóxico, reduz a força tensil tecidual.

PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (ÁGUA OXIGENADA)

Composição: Peróxido de hidrogênio à 3%.

Ação: bactericida limitado

Indicação: não existe para ferida

Contra-indicação: inapropriada para uso como antisséptico.

Observações: citotóxico, colapso da ferida por formação de bolhas de ar.

LUVAS

11) CALÇAMENTO DE LUVAS
O calçamento correto de luvas esterilizadas apresenta importante fator no controle de infecções pois evita possíveis contaminações dessas luvas pelas mãos do usuário. Consiste, basicamente em dois métodos. São eles :
  1. Método fechado :
  2. Com as mãos dentro da manga do avental cirúrgico, uma luva é apanhada e colocada sobre a palma da outra mão (os dedos da luva ficam apontados para o ombro do usuário). A extremidade do punho da luva que está sobre a palma é fixa por um dedo dessa mão e extremidade superior do punho da luva é colhida pelos dedos (cobertos pela manga do avental) da outra mão.
    O punho da luva é, então, puxado sobre a manga do avental tendo-se o cuidado de não dobrar a manga do avental para trás ou de expor os dedos dentro dela. À medida que a luva é colocada no punho os dedos são dirigidos para ela e essa é ajustada à mão.
    A outra luva é colocada da mesma forma, usando-se a mão já coberta para segurá-la.
  3. Método aberto :
Uma das luvas é segura em sua parte interna (dobra o punho) pela mão esquerda (fora da manga do avental do usuário). A mão direita é introduzida na luva que é, então, puxada para o lugar com a mão esquerda (o punho é deixado voltado para baixo).
Agora a mão direita, já enluvada, pega a luva esquerda introduzida na luva que é colocada no lugar (o punho fica numa posição voltada para baixo).
Após adaptar a manga ao punho, mantendo-se essa dobra no local com o polegar direito já coberto pela luva estéril, os dedos podem puxar com segurança o punho estéril da luva sobre a manga do avental.
Obs : Outro método existente é aquele em que um enfermeiro segura a luva aberta para quem a irá utilizar. A luva é segura com o polegar voltado para o receptor. A extremidade da luva é alargada de modo que a mão do usuário possa penetrar na mesma sem encostar na pessoa que a segura. O punho da luva é, então, puxado para cima sobre a manga do avental.

DEGERMAÇÃO DAS MÃOS


A degermação das mãos é uma conduta de baixo custo e extremamente relevante no contexto da prevenção da infecção hospitalar. É preciso, pois, que os profissionais de saúde sejam alertados e conscientizados sobre a necessidade da adesão aos corretos métodos para essa prática, uma vez que a flora (residente e mais freqüentemente, transitória) pode ser causadora de contaminação e infecção hospitalar.



A) Métodos
A escolha do método para eliminação ou inativação dos microorganismos das mãos depende da flora em que se quer atuar e da situação em particular. A flora residente não e facilmente removível por lavação e escovação mas pode ser inativada por anti-sépticos. A flora transitória, por sua vez ,e facilmente removível pela simples limpeza com água e sabão ou destruída pela aplicação de anti-sépticos.


1) lavagem básica das mãos;


esse procedimento objetiva a remoção da maioria da flora transitória bem como de sujidades células descamativas, oleosidades, suor, pêlos ,e alguns microorganismos da


a) abrir a torneira sem encostar na pia para evitar contaminação da roupa


b) colocar 3a5ml de sabão liquido nas mãos se o sabão for em barra enxagua-lo antes de usa-lo


c) ensaboar mãos por 15 a 30 segundos não esquecendo palma , dorso , espaços interdigitais ,polegar ,articulações ,unhas , extremidades dos dedos e punhos


d) enxaguar as mãos , em água corrente ,retirando totalmente a espuma e os resíduos de sabão ,sem respingar água na roupa e no piso e sem encostar na pia


c enxugar as mãos com papel toalha duas folhas e, com esse papel toalha, fechar a torneira, desprezando-o no lixo.


É necessário lavar as mãos nas seguintes ocasiões:
Quando estiverem sujas.
Antes e após contato direto com o paciente.
Antes de administrar medicação ao paciente.
Ao preparar materiais e equipamentos.
Na manipulação de catéteres, equipamentos respiratórios e na manipulação do sistema fechado de drenagem urinária.
Antes e após realizar trabalho hospitalar.
Antes e após realizar atos e funções fisiológicas ou pessoais.
Ao preparar micronebulização.
Na coleta de material para exame propedêutico.
Antes e após uso de luvas.
Antes e depois de manusear alimentos.
Antes de depois de manusear cada paciente e, eventualmente, entre as atividades realizadas num mesmo paciente.


O sabão líquido deve ser preferido (menor risco de contaminação). O sabão em barra, se usado, deve ser pequeno (visando sua substituição freqüente) e colocado em suporte vazado. A limpeza do dispensador do sabão líquido deve ser feita semanalmente com água e sabão. Toalhas de pano ou de rolo devem ser evitadas.
A CCIH deve ser consultada antes da compra de qualquer material envolvido na rotina da lavação de mãos.
2) Anti-sepsia das mãos:
A anti-sepsia é feita com substâncias que removem, destroem ou impedem o crescimento de microorganismos da flora transitória e alguns residente da pele e mucosas, chamados anti-sépticos.
A anti-sepsia direta das mãos pode ser feita em locais onde a lavagem das mãos não é viável não estando as últimas sujas com matéria orgânica. A técnica, nesse caso, inclui fricção de 3 a 5 ml de anti-séptico por no mínimo 15 segundos em toda a superfície das mãos. A secagem deve ser natural no caso de Ter sido usado álcool.
Em procedimentos de risco que não precisem de efeito residual dos anti-sépticos pode-se optar pela lavagem das mãos com água e sabão, seguida do uso de anti-séptico. Procede-se desse modo, por exemplo; no preparo da dieta para o berçário, no preparo de solução parenteral e enteral, na instalação de diálise, na instrumentação e sondagem de orifícios naturais, em punções, após tarefa em laboratório, antes e após curativos.
A escolha entre lavagem simples das mãos, uso de anti-sépticos e lavagem seguida de anti-séptico deve basear-se no grau de contaminação, no procedimento a ser realizado e na importância de reduzir-se a flora transitória e/ou residente.
O anti-séptico de escolha deve ser aquele que melhor se adeqüe aos parâmetros de ação sobre a microbiota em questão, tolerância do profissional e custo. Para o uso hospitalar são mais indicados: álcool glicerinado a 2% 70Gl (que não resseca tanto a pele e é virucida e tuberculicida), iodóforos como PVPI e gluconato de clorhexidina.


3) Preparo pré-cirúrgico das mãos :
É um procedimento que objetiva reduzir o risco de contaminação da ferida cirúrgica pela remoção ou destruição dos microorganismos da microbiota transitória e pela redução ou inativação da flora residente.
Para melhor eficiência do procedimento o profissional deve : remover TODAS as jóias e relógios, Ter unhas aparadas e sem esmalte, não podendo ser usada unhas postiças. Escova duras e reaproveitáveis devem ser evitadas.
O material básico a ser utilizado consta de :


água em pias com acionamento de pé, cotovelo ou joelho;
dispensador de sabão líquido e anti-séptico;
porta papel com toalha descartável;
escovas individuais e estéreis;
compressas estéreis;
solução alcoólicas.
O procedimento do preparo cirúrgico das mãos consiste em :


Abra a torneira, sem utilizar as mãos, molhando as mãos, antebraços e cotovelo;
Coloque a solução detergente anti-séptica e espalhe-a nas mãos e antebraços;
Pegue uma escova esterilizada e escove as unhas, dedos, mãos e antebraços, nesta ordem, sem retorno, por cinco minutos, mantendo as mãos em altura superior aos cotovelos;
Use para as mãos e antebraços o lado da escova não utilizado para as unhas (no caso da escova ter só um lado, use duas escovas);
Detenha-se, particularmente, nos sulcos, pregas e espaços interdigitais, articulações e extremidades dos dedos, com movimentos de fricção;
Enxágüe os dedos, depois as mãos, deixando que a água caia por último nos antebraços que devem estar afastados do tronco, de forma que a água escorra para os cotovelos, procurando manter as mãos em plano mais elevado;
Enxugue as mãos com compressas estéreis, que devem vir dobradas em quatro partes, enxugando-se primeiro uma das mãos e, com o outro lado enxuga-se a outra. Colocam-se estes lados um de encontro ao outro, de forma a se obter outros dois lados estéreis. Enxuga-se um antebraço. Vira-se a compressa na sua face interna e enxuga-se o outro antebraço, desprezando a compressas;
Aplique a solução alcoólica do anti-séptico utilizado, deixando-a secar antes de calçar as luvas. Essa luva química pode ser dispensável. Caso o profissional tenha alergia ao iodo, substitua o PVP-I pelo gluconato de clorhexidina. Não use álcool após o uso dessas soluções, pois o efeito residual obtido com elas será anulado. Procedimento retirado de : "Infecção Hospitalar - Epidemiologia e Controle - R.C. Couto, T.M.G. Pedrosa e J.M. Nogueira - Editora Medsi - 1997."
Considera-se os iodóforos e a clorhexidina os agentes microbicidas mais eficientes para degermação pré - operatória das mãos pois garantem redução superior a 90% da microbiota transitória.
Sabões São sais sódicos (ácidos graxos + radicais básicos). Têm ação tensoativa (detergente) permitindo a retirada pela água de sujidades e microorganismos não residentes. Sua qualidade depende dos materiais empregados na sua confecção.
Alguns trabalhos recomendam o uso de sabões mais antimicrobianos para lavagem de mãos. Esse procedimento não é válido pelo CDC (Centers for Disease Control).
Anti-sépticos Podem ser definidos como substâncias hipoalergênicas de baixa causticidade que matam ou inibem crescimento de microorganismos quando aplicados sobre a pele. Não devem ser usados sobre superfícies (com exceção do iodo e do álcool que possuem ação desinfetante).
No âmbito hospitalar os mais utilizados são álcool etílico, gluconato de clorhexidina e os compostos de iodo. Perdem sua efetividade sobre influência de luz, temperatura, pH e tempo.
Os anti-sépticos escolhidos por determinado SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) devem ser aceitos pela Secretaria de Medicamentos da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (DIMED) - A CCIH deve ser consultada antes da aquisição de qualquer um desses produtos. Os principais são :
Álcool etílico a 70%
Age por desnaturação de proteínas. É tuberculicida, virucida, fungicida e Gram - e + . Não é esporicida. Sua atividade é reduzida em presença de matéria orgânica. Não deve ser usado em mãos úmidas e só completa sua ação germicida ao secar. O ressecamento das mãos por ele causado pode ser minimizado pelo uso de emolientes junto à solução como glicerina a 2%. Sua ação é imediata e até três horas após a exposição. Não possui efeito residual. É indicado para :
desinfetar artigos semicríticos e superfícies fixas;
fazer anti-sepsia de mãos após lavação;
anti-sepsia de pele antes de venopunção;
anti-sepsia de coto umbilical em recém - nascido.
clorhexidina (gluconato de clorhexidina) Rompe a membrana celular de micróbios e precipita seu conteúdo. É do grupo das biguanidas sendo um bactericida melhor para Gram + que para Gram -. É bom fungicida mas é minimamente tuberculicida. Não é esporicida mas age contra vírus lipofílicos (HIV, CMV, herpes simples, influenza). Sua ação inicia-se com 15 segundos de fricção e o efeito residual é de 5-6 horas. Baixa toxidade ao contato causando ceratite e ototoxidade se aplicado diretamente em olhos e ouvidos (respectivamente). Tem sua ação anulada por sabão, soro, sangue e detergentes aniônicos. Deixa manchas em roupas e não deve se posto em frasco em tampa de cortiça (inativado pelo tanino). É indicado para :
Anti-sepsia em pele e mucosas (solução aquosa a 4%);
Anti-sepsia complementar e demarcação da pele no campo operatório (solução alcoólica em álcool 70% de 0,5% de clorhexidina);
Degermação de campo cirúrgico e anti-sepsia de mãos e antebraços no pré - operatório (detergente líquido + solução aquosa a 4%);
Casos de alergia ao PVPI;
Em epidemias ou surtos de Staphylococcus aureus para anti-sepsia de mãos e banho em recém - nascidos.
Iodóforos
PVPI (polivinilperrolidona 10% iodo 1%) age penetrando na parede celular e substituindo seu conteúdo por iodo livre. É virucida, tuberculicida, fungicida, amebicida, nematocida, inseticida tendo alguma ação esporicida. É bactericida para Gram + e -. O efeito residual é de seis a oito horas e necessita de dois minutos de contato para começar a agir. Deve ser acondicionado em frascos âmbar exceto solução alcoólicas que devem ser guardadas em frascos transparentes. É inativado por substâncias orgânicas não devendo ser usado em recém - nascidos. Pode ser encontrado como :
PVPI detergente (solução detergente) : degermação pré- operatória (campo e equipe), ao redor de feridas. Deve ser enxaguado e usado apenas em pele íntegra.
PVPI tópico (solução aquosa) : anti-sepsia em mucosas e curativos, aplicação em feridas superficiais e queimaduras, etc.
PVPI tintura (solução alcoólica) : luva química, anti-sepsia de campo operatório após PVPI degermante, demarcação da área cirúrgica.
Álcool iodado 0,5 a 1% É bactericida, virucida, fungicida, tuberculicida mas não esporicida. É irritante para a pele, não tem ação residual e deve ser removido após secagem. Deve ser acondicionado em frasco âmbar.
É usado para o preparo da pele do campo operatório, e anti-sepsia da pele em pequenos procedimentos invasivos.
Obs : Há ainda uma série de anti-sépticos, dentre os quais deve-se ressaltar que estão proscritos pelo Ministério da Saúde : compostos mercuriais, líquido de Dakin, compostos de amônio quaternário, éter, clorofórmio, acetona.

NORMAS PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS


  1. INTRODUÇÃO
A pele constitui uma barreira mecânica de proteção ao corpo, além de participar da termorregulação, da excreção de água e eletrólitos e das percepções táteis de pressão, dor e temperatura . Ela apresenta três camadas: epiderme, derme e tecido conjuntivo subcutâneo.
Qualquer interrupção na continuidade da pele representa uma ferida. As feridas podem variar em espessura, pois algumas lesam a pele apenas superficialmente e outras podem até atingir tecidos profundos. A cicatrização da ferida consiste na restauração da continuidade.
O tratamento de uma ferida e a assepsia cuidadosa têm como objetivo evitar ou diminuir os riscos de complicações decorrentes, bem como facilitar o processo de cicatrização.
A preocupação com os curativos das feridas é antiga e vários agentes podem ser utilizados, no entanto é fundamental uma análise detalhada da ferida para a escolha do curativo adequado.


TÉCNICAS DE CURATIVOS, CICATRIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO
Um bom curativo começa com uma boa preparação do carro de curativos. Este deve ser completamente limpo. Deve-se verificar a validade de todo o material a ser utilizado. Quando houver suspeita sobre a esterilidade do material que deve ser estéril, este deve ser considerado não estéril e ser descartado. Deve verificar ainda se os pacotes estão bem lacrados e dobrados corretamente.
O próximo passo é um preparo adequado do paciente. Este deve ser avisado previamente que o curativo será trocado, sendo a troca um procedimento simples e que pode causar pequeno desconforto. Os curativos não devem ser trocados no horário das refeições. Se o paciente estiver numa enfermaria, deve-se usar cortinas para garantir a privacidade do paciente. Este deve ser informado da melhora da ferida. Esse métodos melhoram a colaboração do paciente durante a troca do curativo, que será mais rápida e eficiente.
A lavação das mãos com água e sabão, que deve ser feita antes e depois de cada curativo. O instrumental a ser utilizado deve ser esterilizado; deve ser composto de pelo menos uma pinça anatômica, duas hemostáticas e um pacote de gazina; e toda a manipulação deve ser feita através de pinças e gazes, evitando o contato direto e consequentemente menor risco de infecção.
Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma solução que contenha sabão, para desengordurar a área, o que removerá alguns patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele. A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se movimentos de vaivém Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da ferida.
Deve-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida com soro fisiológico em jato, ou com PVPI aquoso (em feridas infectadas, quando houver sujidade e no local de inserção dos cateteres centrais); por fim fixar o curativo com atadura ou esparadrapo.
Em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à motilidade (articulações), presença de pêlos (couro cabeludo) ou secreções. Nesses locais deve-se utilizar ataduras. Esta vede ser colocada de maneira que não afrouxe nem comprima em demasia. O enfaixamento dos membros deve iniciar-se da região dista para a proximal e não deve trazer nenhum tipo de desconforto ao paciente.
O esparadrapo deve ser inicialmente colocado sobre o centro do curativo e, então, pressionando suavemente para baixo em ambas as direções. Com isso evita-se o tracionamento excessivo da pele e futuras lesões.
O esparadrapo deve ser fixado sobre uma área limpa, isenta de pêlos, desengordurada e seca; deve-se pincelar a pele com tintura de benjoim antes de colocar o esparadrapo. As bordas do esparadrapo devem ultrapassar a borda livre do curativo em 3 a 5 cm; a aderência do curativo à pele deve ser completa e sem dobras. Nas articulações o esparadrapo deve ser colocado em ângulos retos, em direção ao movimento.
Durante a execução do curativo, as pinças devem estar com as pontas para baixo, prevenindo a contaminação; deve-se usar cada gaze uma só vez e evitar conversar durante o procedimento técnico.
Os procedimentos para realização do curativo, devem ser estabelecidos de acordo com a função do curativo e o grau de contaminação do local.
Obedecendo as características acima descritas, existem os seguintes tipos de curativos padronizados:
  1. CURATIVO LIMPO
  2. A) Ferida limpa e fechada
    a) o curativo limpo e seco deve ser mantido oclusivo por 24 horas.
    b) após este período, a incisão pode ser exposta e lavada com água e sabão.
    c) utilizar PVP-I tópico somente para ablação dos pontos.
  3. CURATIVO COM DRENO
  4. a) O curativo do dreno deve ser realizado separado do da incisão e o primeiro a ser realizado será sempre o do local menos contaminado.
    b) O curativo com drenos deve ser mantido limpo e seco. Isto significa que o número de trocas está diretamente relacionado com a quantidade de drenagem.
    c) Se houver incisão limpa e fechada, o curativo deve ser mantido oclusivo por 24 horas e após este período poderá permanecer exposta e lavada com água e sabão.
    d) Sistemas de drenagem aberta (p.e. penrose ou tubulares), devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril ou com gaze estéril por 72 horas. Após este período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico.
    e) Alfinetes não são indicados como meio de evitar mobilização dos drenos penrose, pois
    enferrujam facilmente e propiciam a colonização do local.
    f) A mobilização do dreno fica a critério médico.
    g) Os drenos de sistema aberto devem ser protegidos durante o banho.
  5. CURATIVO CONTAMINADO
Estas normas são para feridas infectadas e feridas abertas ou com perda de substância, com ou sem infecção. Por estarem abertas, estas lesões são altamente susceptíveis à contaminação exógena.
a) O curativo deve ser oclusivo e mantido limpo e seco.
b) O número de trocas do curativo está diretamente relacionado à quantidade de drenagem, devendo ser trocado sempre que úmido para evitar colonização.
c) O curativo deve ser protegido durante o banho.
d) A limpeza da ferida deve ser mecânica com solução fisiológica estéril.
e) A anti-sepsia deve ser realizada com PVP-I tópico.
f) As soluções anti-sépticas degermantes são contra-indicadas em feridas abertas, pois os tensoativos afetam a permeabilidade das membranas celulares, produzem hemólise e são absorvidos pelas proteínas, interferindo prejudicialmente no processo cicatricial.
e) Gaze vaselinada estéril é recomendada nos casos em que há necessidade de prevenir aderência nos tecidos.
f) Em feridas com drenagem purulenta deve ser coletada cultura semanal (swab), para monitorização microbiológica.

CURATIVO

Curativos 1­ Conceito: São cuidados dispensados a uma área do corpo que sofreu solução de continuidade. 7) CURATIVO
É um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir contaminação e infecção.
  1. Objetivos:
Tratar e prevenir infecções; eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização e prolongam a convalescência, aumentando os custos do tratamento; diminuir infecções cruzadas, através de técnicas e procedimentos corretos
II)Finalidades:
è Remover corpos estranhos
è Reaproximar bordas separadas
è Proteger a ferida contra contaminação e infecções
è Promover hemostasia
è Preencher espaço morto e evitar a formação de sero-hematomas
è Favorecer a aplicação de medicação tópica
è Fazer desbridamento mecânico e remover tecido necrótico
è Reduzir o edema
è Absorver exsudato e edema
è Manter a umidade da superfície da ferida
è Fornecer isolamento térmico
è Proteger a cicatrização da ferida
è Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida
è Dar conforto psicológico
è Diminuir a intensidade da dor.
Para que se faça a escolha de um curativo adequado é essencial uma avaliação criteriosa da ferida. Essa análise deve incluir : condições físicas, idade e medicamentos; localização anatômica da ferida; forma, tamanho, profundidade , bordas, presença de tecido de granulação, presença e quantidade de tecido necrótico e presença de drenagem na ferida.
Curativos
1­ Conceito:
São cuidados dispensados a uma área do corpo que sofreu solução de continuidade.
2­ Finalidades:

­ Prevenir a contaminação;
­ Promover a cicatrização;
­ Proteger a ferida;
­ Absorver secreção e facilitar a drenagem;
­ Aliviar a dor.
3­ Tipos de Curativos
Aberto ­É aquele no qual utiliza ­se apenas o anti ­séptico, mantendo a ferida exposta. Ex: Curativo
de intracath, ferida cirúrgica limpa.
Oclusivo ­ Curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é fechado ou ocluído
com gaze ou atadura.
Seco ­ Fechado com gaze ou compressa seca (não se usa nada na gaze)
Úmido ­ Fechado com gaze ou compressa umedecida com pomada ou soluções prescritas.
Compressivo ­É aquele no qualé mantida compressão sobre a ferida para estancar hemorragias,
eviscerações, etc.
Drenagens ­ Nos ferimentos com grande quantidade de exsudato coloca­se dreno (Penrose, Kehr),
tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
4 ­ Material: Bandeja contendo:

­ Pacote de curativo (pinças: 1 anatômica, 1 dente de rato, 1 Kelly, 1 Kocher), 1 tesoura.
Com 3 pinças: 1 anatômica, 1 dente de rato, 1 Kelly.
­ Pacote de gazes;
­ Esparadrapo, micropore;
­ Frasco com anti­septico (o mais utilizado atualmenteé oálcool a 70%);
­Éter;

­ Soro fisiológico;
­ Cuba rim (para receber o lixo);
­ Saco plástico para lixo (que vai envolver a cuba rim);
­ Forro de papel, pano ou impermeável para proteger roupa de cama;
­ Pomadas, algodão, seringas, ataduras, cubas (quando indicado)
­ 1 ou 2 pares de luvas
Deve­se usar máscara no procedimento.
5 ­ Classificação das feridas:
a) Ferida asséptica: não contaminada. Ex: Feridas operatórias
b) Ferida séptica: contaminada. Ex: Feridas laceradas

Denominamos de:
Ferimento aberto ­ Solução de continuidade. Ex: Incisão cirúrgica, laceração penetrante ou
escoriação.

Ferimento fechado ­ Não dá solução de continuidade. Ex: Contusão ou equimose.
Ferimento acidental ­ Ferimento devido a um infortúnio.
Ferimento intencional ­ Causado por incisão cirúrgica (fins terapêuticos).
6 ­ Inflamação
­É uma reação anormal do corpo a qualquer tipo de ferimento. A resposta inflamatória ocorre em 3
fases: vascular, exsudativa e reparadora.

Fase Vascular ­ Caracteriza­se por hiperemia local, devido a vaso dilatação. Nesta fase chega ao
local plasma, anticorpos, células sanguíneas. Ocorre processo fagocítico onde os leucócitos
englobam as substâncias estranhas e células danificadas.

Fase Exsudativa ­ Ocorre formação de exsudato que são líquidos compostos por células sanguíneas, células de tecido danificado e corpos estranhos. Pode ser seroso, purulento (infecção), hemorrágico (eritrócitos). O acúmulo de exsudato nos espaços intersticiais causa edema e dor localizada.
Fase reparadora ­ Cicatrização do ferimento. Ocorre remoção das células teciduais lesadas pela
regeneração de novas células e formação de tecido cicatricial.
7 ­ Tipos de cicatrização:

Por primeira intenção:É a volta do tecido normal sem presença de infecção e as bordas do
ferimento estão bem próximas. Pode ser usada sutura, materiais adesivos.
Por segunda intenção ­ Ocorre quando não acontece aproximação das superfícies com presença de
infecção prolongada. O processo de cicatrização necessita de grande quantidade de tecido de
granulação para fechar o ferimento.
Por terceira intenção ­ Ocorre quandoé necessário fechamento secundário de uma ferida.Às vezes a
feridaé aberta e suturada mais tarde oué aberta por deiscência.
8 ­ Fatores que Afetam a Cicatrização Normal:

A idade, a nutrição, condições de vascularização, edema, inflamação local, hormônios, infecção e a
extensão da lesão podem afetar a cicatrização normal.
Na cicatrizaçãoé comum encontrarmos hemorragias e infecção.
Para auxiliar um paciente portador de uma ferida, o enfermeiro deve estar a par da causa, do tipo de
ferida e quando esta ocorreu, assim como conhecer a natureza básica dos problemas de saúde e do
plano geral de assistência médica do paciente.
9 ­ Procedimentos:
1 ­ Lavar as mãos
2 ­ Preparar o Material.
3 ­ Explicar o procedimento ao paciente.
4 ­ Solicitar ou auxiliar o paciente a posicionar­se adequadamente.
5 ­ Expor aárea a ser tratada.
6 ­ Colocar a cuba rim ou similar próximo ao local do curativo
7 ­ Abrir o pacote de curativo, de modo que o primeiro par fique próximo ao paciente.
1o Par: Kocher e Dente de rato
2o Par: Anatômica, Kelly e Tesoura (caso esteja presente no pacote)
8 ­ Dobrar a gaze com a pinça Kocher com auxilio da pinça dente de rato e embebe­la cométer (ou
benzina).

9 ­ Segurar o esparadrapo do curativo anterior com a pinça dente de rato. Descolar o esparadrapo
com o auxílio da pinça Kocher montada com gaze embebida eméter. (Isso facilita na retirada do
esparadrapo diminuindo a dor do paciente)
10 ­ Remover o curativo e despreza­lo na cuba­rim, ou similar, evitando que as pinças toquem o
mesmo.

11 ­ Remover as marcas de esparadrapo ao redor da ferida com a pinça Kocher.
12 ­ Iniciar a limpeza daárea menos contaminada com o 2o par de pinças, utilizando soro
fisiológico. Trocar as gazes sempre que necessário.
13 ­ Fazer aplicação do anti­séptico com auxílio da pinça Kelly.
14 ­ Proteger a ferida com gaze utilizando as pinças anatômica e Kelly.
15 ­ Fixar as gazes com esparadrapo.
16 ­ Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
17 ­ Imergir as pinças e a tesoura abertas em soluça adequada.
18 ­ Lavar as mãos.
19 ­ Anotar na prescrição do paciente: hora, local, condições da ferida, soluções utilizadas.


CURATIVO
Curativo é o tratamento de qualquer tipo de lesão da pele ou mucosa.
FINALIDADES
1.
Prevenir a contaminação.
2.
Facilitar a cicatrização.
3.
Proteger a ferida.
4.
Facilitar a drenagem.
5.Aliviar a dor.

TIPOS DE CURATIVOS
O curativo é feito de acordo com as características da lesão.
1.
Aberto: curativo em feridas sem infecção, que após tratamento permanecem abertos (sem
proteção de gaze).
2.
Oclusivo: curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é fechado ou ocluido
com gaze ou atadura.
3.
Compressivo: é o que faz compressão para estancar hemorragia ou vedar bem uma incisão.
4.
Com irrigação: nos ferimentos com infecção dentro da cavidade ou fistula, com indicação de
irrigação com soluções salinas ou anti-séptico. A irrigação é feita com seringa.
5.
Com drenagem: nos ferimentos com grande quantidade de exsudato. Coloca-se dreno de
(Penrose, Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
MATERIAL
Bandeja contendo:
·
Pacote de pinças para curativo (usamos 2 anatômicas – 1 com dentre e outra sem e 1 Kocher) e
espátula com gaze.
·
Frascos com anti-sépticos.
·
Esparadrapo, fita crepe ou micropore.
·
Tesoura.
·
Cuba-rim.
·
Saco plástico para lixo.
·
Forro de papel, pano ou impermeável para proteger a roupa de cama.
·
Pacote com gazes.
·
Quando indicados: pomadas, ataduras, chumaços de algodão, seringas, cubas.
MÉTODO
1.
Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser feito.
2.
Preparar o ambiente:
-
fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira;
-
desocupar a mesa-de-cabeceira;
-
colocar biombo, se necessário;
3.
Lavar as mãos.
4.
Separar e organizar o material de acordo com o tipo de curativo a ser executado.
5.
Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa-de-cabeceira...