segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Circulaçao; Abordagem da vítima no ABCDE

Circulation Circulação

Na primeira abordagem pesquise :









Se a vítima tem pulso;Se existem hemorragias ativas;Se existe alterações da cor, umidade e temperatura da pele
Atuação


Se a não tem pulso, inicie de imediato as manobras de R.C.P.Se tiver alguma hemorragia, proceda ao seu controlo;Se a vítima apresentar, palidez, sudorese, hipotermia, pulso rápido efetue a elevação dos membros inferiores, aqueça a vitima;Administrar oxigênio:Se não apresenta alterações da pele, da ventilação ou do pulso-3 lt/mSe apresentar sinais de CHOQUE - 10 lt/mSe apresentar hemorragia - 10 Lt/mRecomendações:Se estiver a executar as manobras de R.C.P. verifique a eficácia da compressões, palpando pulso carotídeo durante a sua execução;

Recomendações

Se estiver a executar as manobras de R.C.P. verifique a eficácia da compressões, palpando pulso carotídeo durante a sua execução; Controle as hemorragias utilizando umas das técnicas ou em conjunto:Compressão direta Elevação do membro; Compressão indireta; Aplicação de frio; Garrote/torniquete - a usar somente em amputados ou esmagamentos e quando todas as outras técnicas falharem; Ao efetuar a elevação dos membros inferiores não ultrapasse os 45º para não interferir com um possível traumatismo vertebro-medular



Disability (Avaliação neurológica)



O exame neurológico deve ser feito avaliando:
Nível de consciência Habitualmente é classificado segundo a Escala de Coma de Glasgow que descreve a resposta ocular, verbal e motora a estímulos verbais e dolorosos. Trata-se de uma escala utilizada por equipas médicas. Para o Tripulante de Ambulância recomenda-se a quantificação da resposta da doente de acordo com a nomenclatura A-V-D-I,:

A – ALERTA – Neste caso o doente apresenta-se consciente, no entanto é necessário verificar se está orientado no tempo e no espaço, se o discurso que apresenta é compreensível, etc.., Caso esteja inconsciente passe a fase seguinte

V – Responde a estímulos VERBAIS – O doente encontra-se inconsciente, neste caso chame pela vítima e verifique se esta reage, e se sim, que tipo de reacção obtém ao estímulo verbal, se abre espontaneamente os olhos ou outro tipo de reacção;

D – Responde a estimulação DOLOROSA – Não se obteve qualquer estimulo à voz, neste caso vai-se provocar dor ao doente, verificando se este reage a dor e se sim que tipo de reacção obtemos, se este localiza a dor ou se apresenta um movimento de fuga a dor;

I – Sem resposta (IRRESPONSÍVEL)– O doente não reage a nenhum estímulo, quer verbal quer doloroso, no entanto é necessário verificar se este apresenta algum movimento de flexão ou extensão anormal, ou outro tipo de movimentos que possam surgir. Estes elementos depois de recolhidos e transmitidos ao médico vai possibilitar que este os enquadro na escala de Glasgow. ESCALA DE GLASGOW


Reatividade das pupilasPara além da nomenclatura A-V-D-I, deve avaliar a resposta pupilar à luz, pois é um bom indicador da existência ou não de sofrimento cerebral. Para isso, deve incidir uma luz diretamente sobre cada uma das pupilas.

Miose






Midriase






Anisocoria





Verifique se a reação é idêntica em ambas. Se não existir contração pupilar ou se esta for diferente de pupila para pupila, poderá indicar sofrimento do Sistema Nervoso Central.

Exposition (Exposição das vestes)

Procure expor as vestes da vítima em locais mais fáceis para o corte e tomando o cuidado com a hipotemia.Evite exposição desnecessárias evitando constrangimentos.





PROCEDIMENTOS GERAIS NO LOCAL DO ATENDIMENTO
 
1. Adotar as precauções universais no contato com a vítima (EPI apropriado);
2. Utilizar EPI e EPR específicos de acordo com o tipo de atendimento de bombeiro 
que exijam ações de salvamento;
3. Avaliar e assegurar a cena de emergência, precavendo-se, isolando ou 
eliminando riscos para si e para a vítima;
4. Avaliar a Cinemática do Trauma e prever possíveis lesões nas vítimas de trauma;
5. Prestar informações imediatas sobre a situação encontrada e solicitar 
o apoio necessário para a solução da ocorrência;
CONTATO COM A VÍTIMA

Se a vítima estiver consciente o socorrista deve:

1. Apresentar-se, dizendo seu nome e que esta para ajudar a socorrer;
2. Indagar se pode ajudá-la (obtenha o consentimento).
3. Questionar sobre o ocorrido;
4. Questionar a sua queixa principal;
5. Informar que vai examiná-la e a importância de fazê-lo.

Ao avaliar a vítima observe

1. Seqüência sistemática de avaliação da vítima (Análise Primária e Secundária);
2. Sinais e sintomas específicos de emergência médica ou de trauma apresentados pela vítima;
3. Indícios de lesão na coluna vertebral, sempre que a vítima sofrer um trauma,
 ou ainda quando for encontrada inconsciente;
4. Conduta e/ou comportamento da vítima, atentando para qualquer alteração
 em suas condições em quaisquer das etapas de avaliação.

ANÁLISE PRIMÁRIA

(Processo ordenado para identificar e corrigir de imediato,
 problemas que ameacem a vida em curto prazo).
(A) Estabilizar a coluna cervical manualmente, 
 verificar responsividade e verificar permeabilidade das vias aéreas.
(B) Verificar respiração e ministrar oxigênio.
(C) Verificar circulação e hemorragias.
(D) Realizar exame neurológico sucinto.
(E) Expor a vítima (prevenir hipotermia).
(A)   Estabilizar a coluna cervical manualmente, verificar responsividade e
 verificar permeabilidade das vias aéreas.

1. Apoiar a cabeça da vítima para evitar movimentação (estabilização manual da coluna cervical)
 até a colocação do colar cervical e protetor lateral de cabeça.
2. Chamar a vítima pelo menos três vezes (Ei, você está me ouvindo? Ei, você pode me ouvir?
 Ei, fala comigo?) tocando em seu ombro sem movimentá-la.

Se a vítima estiver inconsciente, solicite imediatamente por apoio, no caso de Bombeiros, 
informe ao Centro de comunicação;
 Observe nas figuras abaixo qual tipo de manobra deverá ser efetuada...
1. Fazer abertura das vias aéreas, por uma das manobras:
· Manobra de elevação da mandíbula;
· Manobra de tração do queixo;
· Manobra de extensão da cabeça, nos casos em que não há suspeita de trauma de coluna cervical;
2. Fazer aspiração, caso haja vômito ou sangue nas vias aéreas;
3. Utilizar a cânula orofaríngea.
Se a vítima estiver consciente

· Verificar se as vias aéreas estão pérvias.
1. Manobra de Elevação da Mandíbula: (executada por equipe de Resgate em vítima de trauma).
a. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima;
b. Colocar as mãos espalmadas lateralmente a sua cabeça, com os dedos voltados para frente, 
mantendo-a na posição neutra;
c. Posicionar os dedos indicadores e médios das mãos, em ambos os lados da cabeça da vítima,
 no ângulo da mandíbula;
d. Posicionar os dois dedos polegares sobre o mento (queixo) da vítima;
e. Simultaneamente, fixar a cabeça da vítima com as mãos, elevar a mandíbula com os indicadores
 e médios, abrindo a boca com os polegares.
Observação

Esta manobra aplica-se a todas as vítimas, principalmente em
 vítimas de trauma, pois proporciona ao mesmo tempo
 liberação das vias aéreas, alinhamento da coluna cervical e imobilização.
2. Manobra de Tração do Queixo: (executada por socorrista atendendo isoladamente
 uma vítima de trauma).
a. Apóie com uma das mãos a testa da vítima evitando que a cabeça se mova;
b. Segurar o queixo da vítima com o polegar e o indicador da outra mão e
 tracioná-lo para cima e em seguida efetuar a abertura da boca.
Observação
Assim que possível, obtenha auxílio de outro socorrista
 para auxiliar na manutenção da abertura das 
vias aéreas e na estabilização da coluna cervical.
3. Manobra de Extensão da Cabeça: (executada em vítimas em que não há suspeita de 
 lesão raquimedular):
a. Posicionar uma das mãos sobre a testa e a outra com os dedos indicador e médio tocando o 
mento da vítima;
b. Mantendo apoio com a mão sobre a testa, elevar o mento da vítima;
c. Simultaneamente, efetuar uma leve extensão do pescoço;
d. Fazer todo o movimento de modo a manter a boca da vítima aberta.
Observação
Este procedimento aplica-se apenas às vitimas que não 
possua indícios de ter sofrido trauma de 
coluna vertebral, especialmente, lesão cervical.
(B) Verificar respiração e ministrar oxigênio

Empregar técnica de “ver, ouvir e sentir”, (7 a 10 segundos de verificação):
· Se presente, ministrar imediatamente oxigênio à vítima;
· Se ausente, iniciar a ventilação artificial.


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