FALTA DE APETITE EM BEBES
A falta de apetite pode ser causada por alguma doença e como regra geral, a maioria das doenças agudas acompanha-se desse sintoma. A anemia e a infecção urinária, por exemplo, podem ter como único sintoma a falta de apetite, porém no geral, esta é uma das principais queixas não relacionadas à doença relatada pelos pais e responsáveis.
Uma criança normal passa por vários períodos caracterizados por recusa alimentar. As principais causas são:
Uma criança normal passa por vários períodos caracterizados por recusa alimentar. As principais causas são:
Leia mais Aqui:a) FISIOLÓGICA:
Fisiológica significa NORMAL , isso mesmo, a falta de apetite pode fazer parte do desenvolvimento da criança. A criança passa por períodos que chamamos de ESTIRÃO, onde há maior velocidade de crescimento e menor ganho relativo de peso e passa por períodos de REPLEÇÃO nos quais fica mais "cheinha" e ganha menos estatura. Por volta dos 6-7 meses de idade, aquele bebê que aceitava tudo, passa a "dar trabalho" para comer. Nessa fase, erupcionam dentes e a velocidade de crescimento e ganho de peso cai um pouco. Por volta dos 10 meses, o bebê volta a comer melhor e quando começa a andar, é apresentado a um mundo cheio de novidades para explorar e é natural que se "esqueça" um pouco de comer. E assim continuam as "fases". Algumas crianças tem peculiaridades: Não têm apetite pela manhã, comem quase nada no almoço , lancham mais de uma vez durante a tarde, jantam bem e ainda pedem leite durante a noite. Outras crianças comem pouco em todas as refeições, outras caracteristicamente pulam uma refeição. Outras fases comuns: A fase do Ovo, a fase do macarrão instantâneo, a fase do arroz de leite, a fase do feijão preto - eles elegem uma comida e a exigem todos os dias. Ainda temos um outro padrão: a criança que alterna a fome: passa uns dias comendo bem e outros comendo mal.
b) COMPORTAMENTAL:
Essa causa de falta de apetite não relacionada à doença é FAMILIAR. A atitude dos pais perante a alimentação da criança produz a recusa alimentar. É um problema complexo e muitas vezes necessitamos de apoio psicológico. É difícil para a mãe ver seu filho recusando a alimentação, o que leva ao início de uma "guerra" na hora da refeição - refeições são ofertadas à força, o que gera um sentimento negativo na criança, que relaciona a refeição a algo ruim. Sendo assim, a fase de recusa não passa e sim se perpetua, nascendo assim um ciclo estressante para toda a família - a mãe insiste em calcular como insuficiente o alimento recebido e o problema piora ainda mais. A grande maioria dessas crianças tem ganho de peso e estatura normais, o que prova estarem comendo o que precisam, mas não o que as mães acreditam ou querem que precisem. No geral colocam muita comida no prato e oferecem refeições com intervalos muito curtos. Uma variação de Falta de Apetite comportamental é relativamente frequente: a criança percebe o quanto é importante para a mãe que se alimente bem e passa a usar a recusa como forma de chamar a atenção. Sendo assim, outras pessoas, como babás e avós, conseguem alimentar bem a criança e no geral comem bem na escolinha. Elas usam desse artifício inconscientemente, como uma forma de punir as mães pela ausência durante as horas destinadas ao trabalho ou como uma forma de obter mais carinho e atenção.
c) FALSA FALTA DE APETITE :
"Dra, ele não come nada, ele fecha a boca e não come!!" , diz a mãe.O pediatra avalia a criança, aquela coisa fofa, com peso acima da média. Olha para o pai e ele diz: "Dra, ele toma 4 mamadeiras de mingau de madrugada e outra quando dorme de manhã e outra quando dorme à tarde!". Essa é uma das situações mais frequentes, a criança recebe calorias, muitas vezes até em excesso, e por comodidade, perpetua as suas fases de recusa alimentar. Fica plenamente satisfeita: Por que comer se eu tenho mamadeiras a vontade durante a noite e quando cochilo? É uma das situações mais difíceis, porque requer uma disciplina que não foi imposta no momento correto.
O QUE FAZER ???
Vamos considerar aqui apenas as crianças saudáveis:
1) Problemas para corrigir:
a) Relativos à mães, pais e avós: Aprender um pouco mais com a própria criança, respeitando seus limites e aceitando as "fases" com naturalidade e paciência, desde que a criança cresça e não mostre deficiências como anemia e outras carências alimentares. A família precisa, junto ao pediatra, buscar a origem do comportamento e encontrar as falhas para prevenir a perpetuação do fisiológico e contribuir com a reeducação alimentar prescrita. Muitas crianças precisam literalmente passar fome e até perderem algum peso para que a reeducação aconteça. Lanchinhos fora de hora e mamadeiras durante o sono e a madrugada, além de comidas liquidificadas são os maiores problemas.
b) Relativos à criança que usa a recusa para chamar a atenção da família: Buscar atividades familiares mais frequentes, não só praia, shoppings, parquinhos e teatros, mas atividades caseiras, como brincar de massinha de modelar, desenhar , teatrinho. Isso estimula a criança e faz com que sinta a família mais presente. Outro ponto importante é que se evite a exposição do sentimento de ansiedade perante a recusa alimentar. Caso a criança não queira comer naquele momento, o ideal é pular a refeição, dando algo mais substancial no horário relativo à refeição seguinte.
c) Prevenção e tratamento de maus hábitos alimentares começa durante os primeiros meses de vida. Até os 6 meses de vida, a alimentação básica do bebê é o Leite Materno. O desmame, iniciado por volta dos 4-6 meses, conforme o desejo ou necessidade da família, deve ser iniciado gradualmente, com muita paciência e respeitando-se os horários prescritos. Uma leve insistência na oferta é aceita, com moderação, até a criança se habituar aos novos sabores. Famílias que substituem as refeições não aceitas por mamadeira, estão gerando um hábito errôneo que vai se solidificar mais na frente. Essa fase, que vai até os dois anos de idade, é a mais importante da vida alimentar da criança.
2) Reeducação Alimentar:
Após 1 aninho de idade, entram os lanches mais variados. Os iogurtes, leites achocolatados, biscoitos recheados e outros devem ser restritos ao horário de UM dos lanches e sempre que possível devemos evitar que sejam ofertados com frequência.
Filhos de pais de classes sociais mais desfavorecidas raramente têm falta de apetite - isso provavelmente se deve ao fato de sofrerem FOME, o que produz o entendimento precoce do real valor da comida. Felizmente nossas crianças não sofrem de falta de comida, o que lhes dá o "luxo" de recusarem alimentação dada a certeza de obtê-la tão logo desejem. Esse ponto, a FOME é algo que nos ajuda a reeducar a alimentação dos pré -escolares.
Vamos lá:
1 - Não substituir refeições não-aceitas por LEITE ou VITAMINAS: "Pule" a refeição. "Mas Dra, vou deixar a criança com fome?". Sim, com um pouco de fome, que deve aparecer de verdade somente uma ou duas horas após. No início, a criança pode até recusar a segunda refeição também, mas com o condicionamento, ela vai perceber que a mãe não vai ceder, que não vai dar mamadeira e que vai ficar com fome se não aceitar o almoço.
2 - Não dar leite dormindo: Durante o sono, a taxa de metabolismo é menor, ou seja, a criança GASTA menos energia. Assim sendo, as calorias ficam acumuladas e bloqueiam o apetite quando a criança está acordada. Durante todos esses anos de consultório, já tenho a estatística: Há uma semana de choro durante toda a madrugada, pais sonolentos e cansados, depois tudo se acalma e a criança passa a jantar adequadamente e acorda com alguma fome pela manhã.
3 - Horários fixos de refeição: Isso é FUNDAMENTAL. Evitar lanches fora de hora. Esse horários podem ter espaços maiores ou menores, conforme a criança:
* Desjejum, ao acordar:
Leite + Cereal + Fruta
Cardápio alimentar da família: Cuscuz, ovo cozido, torradas, requeijão light, etc.
LEMBRETE: Muitas criança têm pouco apetite pela manhã e isso NÃO deve ser motivo de conflito à mesa.
* Lanche da manhã, em casa, por volta das 9 horas : Opcional, só deve ser dado se a criança aceitar: Suco de Fruta, de preferência ácida, ou gelatina.
Para a escolinha: Ver a disponibilidade de geladeirinha para manter o lanche. Podemos mandar suco de frutas ou vegetais como goiaba, pêssego, maracujá, cenoura, acerola com laranja. Alguns sucos em embalagem tetra pak ("caixinha") contêm poucos aditivos químicos e são muito saudáveis. Alimentos como achocolatados e iogurte devem ser evitados no lanche da manhã. Além do suco, podemos adicionar biscoitos salgados ou doces, sanduíche frio (pão de forma com queijo ou requeijão), bolo caseiro, banana passa, pipoca de arroz cateto, etc.
* Almoço: De preferência seguindo sempre o cardápio da família, com a TV desligada e mastigando bem cada porção. O ambiente deve ser tranquilo, a criança pode ser parabenizada quando comer bem, mas jamais deve ser agredida ou sentir-se inferiorizada pelo contrário. Interromper uma brincadeira interessante para o almoço às vezes é uma má idéia, daí a mãe pode participar da brincadeira e arrumar um jeitinho de finalizá-la, para evitar que a criança comece a comer "ligada" no que estava fazendo. Isso é uma arte, não há um manual infalível e cada família deve estudar a melhor forma para conduzir as refeições principais, evitando sempre que o horário seja fonte de stress para a criança.
O prato deve ter 04 componentes:
Vegetais - na forma de purês, ou salada cozida
Massa - Arroz ou Macarrão
Feijão ou Carne de Soja
Proteína Animal - Ovo de galinha ou Codorna, Frango, Fígado, Carne de Vaca, Peixe
Sobremesa Opcional: Doce caseiro ou geléia de mocotó
* Lanche da tarde: Deve ser feito UMA vez e em horário estipulado. Os assaltos à geladeira e aos potes de biscoito devem ser desestimulados. O lanche é a hora da bagunça. Procuramos algo atraente para compensar a rigidez dos horários e a seriedade do almoço, porém evitando os salgadinhos de pacote e sucos com muitos aditivos químicos, como um popular suco de laranja muito vendido atualmente. Preferir sempre que possível os lanches caseiros, evitando-se ofertar iogurtes diariamente.
Leite com Chocolate em Pó (de preferência batido em casa) e biscoito, ou waffler
Suco de Frutas com bolo
Vitamina: Leite com Frutas
Salada de Frutas com manga ou polpa de ameixa
Barra de Cereais com Chocolate
Leite com sucrilhos
Iogurte
Leite gelificado
Pudim de leite condensado
Pão torrado com queijo
Frutas com cereais e chocolate em pó
"Cartola" : banana frita com cobertura de queijo e chocolate com açúcar
*Janta:
Sopa de legumes
Macarrão instantâneo com tempero caseiro
Sanduíche natural
*Ceia: Leite, dado com a criança acordada, caso solicite.
Lembrete: Escovar os dentes após a ceia é obrigatório.
Sou colaboradora do site produzido após a edição de nosso livro "Crescendo com Saúde", publicado em 1999: http://www.crescendocomsaude.com.br/ . Na sessão RECEITAS os senhores encontram mais dicas e há uma ferramenta de busca para pesquisar assuntos publicados no livro.
# Especialista em Pediatria: Dra Meire Gomes *ra. Meire Gomes
Fisiológica significa NORMAL , isso mesmo, a falta de apetite pode fazer parte do desenvolvimento da criança. A criança passa por períodos que chamamos de ESTIRÃO, onde há maior velocidade de crescimento e menor ganho relativo de peso e passa por períodos de REPLEÇÃO nos quais fica mais "cheinha" e ganha menos estatura. Por volta dos 6-7 meses de idade, aquele bebê que aceitava tudo, passa a "dar trabalho" para comer. Nessa fase, erupcionam dentes e a velocidade de crescimento e ganho de peso cai um pouco. Por volta dos 10 meses, o bebê volta a comer melhor e quando começa a andar, é apresentado a um mundo cheio de novidades para explorar e é natural que se "esqueça" um pouco de comer. E assim continuam as "fases". Algumas crianças tem peculiaridades: Não têm apetite pela manhã, comem quase nada no almoço , lancham mais de uma vez durante a tarde, jantam bem e ainda pedem leite durante a noite. Outras crianças comem pouco em todas as refeições, outras caracteristicamente pulam uma refeição. Outras fases comuns: A fase do Ovo, a fase do macarrão instantâneo, a fase do arroz de leite, a fase do feijão preto - eles elegem uma comida e a exigem todos os dias. Ainda temos um outro padrão: a criança que alterna a fome: passa uns dias comendo bem e outros comendo mal.
b) COMPORTAMENTAL:
Essa causa de falta de apetite não relacionada à doença é FAMILIAR. A atitude dos pais perante a alimentação da criança produz a recusa alimentar. É um problema complexo e muitas vezes necessitamos de apoio psicológico. É difícil para a mãe ver seu filho recusando a alimentação, o que leva ao início de uma "guerra" na hora da refeição - refeições são ofertadas à força, o que gera um sentimento negativo na criança, que relaciona a refeição a algo ruim. Sendo assim, a fase de recusa não passa e sim se perpetua, nascendo assim um ciclo estressante para toda a família - a mãe insiste em calcular como insuficiente o alimento recebido e o problema piora ainda mais. A grande maioria dessas crianças tem ganho de peso e estatura normais, o que prova estarem comendo o que precisam, mas não o que as mães acreditam ou querem que precisem. No geral colocam muita comida no prato e oferecem refeições com intervalos muito curtos. Uma variação de Falta de Apetite comportamental é relativamente frequente: a criança percebe o quanto é importante para a mãe que se alimente bem e passa a usar a recusa como forma de chamar a atenção. Sendo assim, outras pessoas, como babás e avós, conseguem alimentar bem a criança e no geral comem bem na escolinha. Elas usam desse artifício inconscientemente, como uma forma de punir as mães pela ausência durante as horas destinadas ao trabalho ou como uma forma de obter mais carinho e atenção.
c) FALSA FALTA DE APETITE :
"Dra, ele não come nada, ele fecha a boca e não come!!" , diz a mãe.O pediatra avalia a criança, aquela coisa fofa, com peso acima da média. Olha para o pai e ele diz: "Dra, ele toma 4 mamadeiras de mingau de madrugada e outra quando dorme de manhã e outra quando dorme à tarde!". Essa é uma das situações mais frequentes, a criança recebe calorias, muitas vezes até em excesso, e por comodidade, perpetua as suas fases de recusa alimentar. Fica plenamente satisfeita: Por que comer se eu tenho mamadeiras a vontade durante a noite e quando cochilo? É uma das situações mais difíceis, porque requer uma disciplina que não foi imposta no momento correto.
O QUE FAZER ???
Vamos considerar aqui apenas as crianças saudáveis:
1) Problemas para corrigir:
a) Relativos à mães, pais e avós: Aprender um pouco mais com a própria criança, respeitando seus limites e aceitando as "fases" com naturalidade e paciência, desde que a criança cresça e não mostre deficiências como anemia e outras carências alimentares. A família precisa, junto ao pediatra, buscar a origem do comportamento e encontrar as falhas para prevenir a perpetuação do fisiológico e contribuir com a reeducação alimentar prescrita. Muitas crianças precisam literalmente passar fome e até perderem algum peso para que a reeducação aconteça. Lanchinhos fora de hora e mamadeiras durante o sono e a madrugada, além de comidas liquidificadas são os maiores problemas.
b) Relativos à criança que usa a recusa para chamar a atenção da família: Buscar atividades familiares mais frequentes, não só praia, shoppings, parquinhos e teatros, mas atividades caseiras, como brincar de massinha de modelar, desenhar , teatrinho. Isso estimula a criança e faz com que sinta a família mais presente. Outro ponto importante é que se evite a exposição do sentimento de ansiedade perante a recusa alimentar. Caso a criança não queira comer naquele momento, o ideal é pular a refeição, dando algo mais substancial no horário relativo à refeição seguinte.
c) Prevenção e tratamento de maus hábitos alimentares começa durante os primeiros meses de vida. Até os 6 meses de vida, a alimentação básica do bebê é o Leite Materno. O desmame, iniciado por volta dos 4-6 meses, conforme o desejo ou necessidade da família, deve ser iniciado gradualmente, com muita paciência e respeitando-se os horários prescritos. Uma leve insistência na oferta é aceita, com moderação, até a criança se habituar aos novos sabores. Famílias que substituem as refeições não aceitas por mamadeira, estão gerando um hábito errôneo que vai se solidificar mais na frente. Essa fase, que vai até os dois anos de idade, é a mais importante da vida alimentar da criança.
2) Reeducação Alimentar:
Após 1 aninho de idade, entram os lanches mais variados. Os iogurtes, leites achocolatados, biscoitos recheados e outros devem ser restritos ao horário de UM dos lanches e sempre que possível devemos evitar que sejam ofertados com frequência.
Filhos de pais de classes sociais mais desfavorecidas raramente têm falta de apetite - isso provavelmente se deve ao fato de sofrerem FOME, o que produz o entendimento precoce do real valor da comida. Felizmente nossas crianças não sofrem de falta de comida, o que lhes dá o "luxo" de recusarem alimentação dada a certeza de obtê-la tão logo desejem. Esse ponto, a FOME é algo que nos ajuda a reeducar a alimentação dos pré -escolares.
Vamos lá:
1 - Não substituir refeições não-aceitas por LEITE ou VITAMINAS: "Pule" a refeição. "Mas Dra, vou deixar a criança com fome?". Sim, com um pouco de fome, que deve aparecer de verdade somente uma ou duas horas após. No início, a criança pode até recusar a segunda refeição também, mas com o condicionamento, ela vai perceber que a mãe não vai ceder, que não vai dar mamadeira e que vai ficar com fome se não aceitar o almoço.
2 - Não dar leite dormindo: Durante o sono, a taxa de metabolismo é menor, ou seja, a criança GASTA menos energia. Assim sendo, as calorias ficam acumuladas e bloqueiam o apetite quando a criança está acordada. Durante todos esses anos de consultório, já tenho a estatística: Há uma semana de choro durante toda a madrugada, pais sonolentos e cansados, depois tudo se acalma e a criança passa a jantar adequadamente e acorda com alguma fome pela manhã.
3 - Horários fixos de refeição: Isso é FUNDAMENTAL. Evitar lanches fora de hora. Esse horários podem ter espaços maiores ou menores, conforme a criança:
* Desjejum, ao acordar:
Leite + Cereal + Fruta
Cardápio alimentar da família: Cuscuz, ovo cozido, torradas, requeijão light, etc.
LEMBRETE: Muitas criança têm pouco apetite pela manhã e isso NÃO deve ser motivo de conflito à mesa.
* Lanche da manhã, em casa, por volta das 9 horas : Opcional, só deve ser dado se a criança aceitar: Suco de Fruta, de preferência ácida, ou gelatina.
Para a escolinha: Ver a disponibilidade de geladeirinha para manter o lanche. Podemos mandar suco de frutas ou vegetais como goiaba, pêssego, maracujá, cenoura, acerola com laranja. Alguns sucos em embalagem tetra pak ("caixinha") contêm poucos aditivos químicos e são muito saudáveis. Alimentos como achocolatados e iogurte devem ser evitados no lanche da manhã. Além do suco, podemos adicionar biscoitos salgados ou doces, sanduíche frio (pão de forma com queijo ou requeijão), bolo caseiro, banana passa, pipoca de arroz cateto, etc.
* Almoço: De preferência seguindo sempre o cardápio da família, com a TV desligada e mastigando bem cada porção. O ambiente deve ser tranquilo, a criança pode ser parabenizada quando comer bem, mas jamais deve ser agredida ou sentir-se inferiorizada pelo contrário. Interromper uma brincadeira interessante para o almoço às vezes é uma má idéia, daí a mãe pode participar da brincadeira e arrumar um jeitinho de finalizá-la, para evitar que a criança comece a comer "ligada" no que estava fazendo. Isso é uma arte, não há um manual infalível e cada família deve estudar a melhor forma para conduzir as refeições principais, evitando sempre que o horário seja fonte de stress para a criança.
O prato deve ter 04 componentes:
Vegetais - na forma de purês, ou salada cozida
Massa - Arroz ou Macarrão
Feijão ou Carne de Soja
Proteína Animal - Ovo de galinha ou Codorna, Frango, Fígado, Carne de Vaca, Peixe
Sobremesa Opcional: Doce caseiro ou geléia de mocotó
* Lanche da tarde: Deve ser feito UMA vez e em horário estipulado. Os assaltos à geladeira e aos potes de biscoito devem ser desestimulados. O lanche é a hora da bagunça. Procuramos algo atraente para compensar a rigidez dos horários e a seriedade do almoço, porém evitando os salgadinhos de pacote e sucos com muitos aditivos químicos, como um popular suco de laranja muito vendido atualmente. Preferir sempre que possível os lanches caseiros, evitando-se ofertar iogurtes diariamente.
Leite com Chocolate em Pó (de preferência batido em casa) e biscoito, ou waffler
Suco de Frutas com bolo
Vitamina: Leite com Frutas
Salada de Frutas com manga ou polpa de ameixa
Barra de Cereais com Chocolate
Leite com sucrilhos
Iogurte
Leite gelificado
Pudim de leite condensado
Pão torrado com queijo
Frutas com cereais e chocolate em pó
"Cartola" : banana frita com cobertura de queijo e chocolate com açúcar
*Janta:
Sopa de legumes
Macarrão instantâneo com tempero caseiro
Sanduíche natural
*Ceia: Leite, dado com a criança acordada, caso solicite.
Lembrete: Escovar os dentes após a ceia é obrigatório.
Sou colaboradora do site produzido após a edição de nosso livro "Crescendo com Saúde", publicado em 1999: http://www.crescendocomsaude.com.br/ . Na sessão RECEITAS os senhores encontram mais dicas e há uma ferramenta de busca para pesquisar assuntos publicados no livro.
# Especialista em Pediatria: Dra Meire Gomes *ra. Meire Gomes
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