terça-feira, 11 de outubro de 2011

alcoolismo

Morar sozinho aumenta o risco de morte relacionada a alcoolismo

Um novo estudo descobriu que morar sozinho pode aumentar o risco de morte relacionada ao consumo de álcool.

Os pesquisadores do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional examinaram as mortes ocorridas antes e depois da redução do preço das bebidas alcoólicas na Finlândia. Eles acompanharam as fatalidades que podiam ser atribuídas ao abuso de bebidas alcóolicas – doença hepática, intoxicação alcoólica, violência ou acidentes relacionados ao consumo do álcool, entre outras. Os resultados aparecem na edição de setembro da revista PLoS Medicine.

Entre as pessoas casadas ou vivendo juntas, a taxa de mortalidade por razões ligadas ao álcool era quase igual antes e depois da redução do preço das bebidas. Antes da redução, os homens que moravam sozinhos estavam 3,7 vezes mais propensos a morrer de doença hepática – a mais comum entre as doenças relacionadas ao consumo de álcool – do que os que moravam com outras pessoas. Após a redução, os homens que moravam sozinhos estavam 4,9 por cento mais propensos a morrer por problemas no fígado.

Antes da redução, o risco de morte por doença hepática para as mulheres que moravam sozinhas era 1,7 vezes maior do que para as mulheres que viviam com outras pessoas. Após a redução, o risco era 2,4 vezes maior.

''Algumas pessoas bebem álcool em excesso porque estão vivendo sozinhas e algumas moram sozinhas porque bebem demais’', afirmou Kimmo Herttua, principal autor do estudo. ''As duas explicações estão corretas’', afirma.

Os pesquisadores afirmaram que a conclusão do estudo talvez não se aplique a outras populações e culturas.

Risco para quem nasce prematuro reaparece anos depois

As pessoas que nascem prematuras correm risco maior de morrer na juventude e quanto mais prematuro for o nascimento, maior o risco, aponta um novo estudo.

Os autores descobriram que o aumento do risco independia do sexo, da ordem do nascimento, da idade materna e do peso ao nascer.

O estudo foi publicado no dia 21 de setembro na revista The Journal of the American Medical Association e usou registros de nascimentos suecos, que são quase 100 por cento completos. No registro havia dados de 674.820 nascimentos, sendo 4,1 por cento prematuros, definidos como gestações com duração menor do que 37 semanas. Os pesquisadores da Universidade Stanford acompanharam os voluntários da década de 1970 até a idade de 29 a 36 anos.

Mesmo para os bebês prematuros nascidos entre a 34ª e a 36ª semana de gestação, o risco de morte na idade de 1 a 5 anos aumentava 53 por cento e, após os 18 anos, 31 por cento, em comparação com os bebês nascidos no tempo certo. Contudo, a duração gestacional não estava associada a um risco maior de morte na faixa etária de 6 a 17 anos, talvez porque algumas doenças fatais demorem mais tempo para aparecer.

''Embora tenhamos descoberto um aumento do risco relativo, os riscos absolutos são menores do que 1 para cada mil por ano’', afirma Casey Crump, principal autor do estudo e professor adjunto de medicina da universidade.

O parto prematuro estava associado ao falecimento antes dos 36 anos por anomalias congênitas e doenças respiratórias, distúrbios cardíacos e endócrinos.


Biópsia de próstata aumenta o risco de internação, afirma estudo

Realizar biópsia de próstata mais do que dobra o risco de internações para o tratamento de infecções e outros problemas de saúde no mês seguinte à realização do exame, relata um novo estudo.
Os pesquisadores examinaram registros do programa americano de assistência a idosos Medicare. Foram analisados os registros médicos de 17.472 homens com idade média de 73 anos que haviam realizado o procedimento de biópsia de próstata e de um grupo de controle de 134.977 homens com idade correspondente, selecionados em um dia aleatório. Em seguida, os cientistas compararam a frequência de internação dos dois grupos durante os 30 dias subsequentes. 2,9 por cento dos homens do grupo de controle foram hospitalizados. Essa taxa foi de 6,9 por cento para os pacientes que realizaram a biópsia. A exclusão dos pacientes internados para tratamento de câncer de próstata não alterava os resultados – era apenas a biópsia e não o tratamento que levava à internação.

Em todo o procedimento de biópsia de próstata existe o risco de uma bactéria do reto entrar na próstata e cepas resistentes podem causar problemas graves. Os autores estimam que com um teste aleatório será possível descobrir que a biópsia leva à internação após um mês de uma a cada 24 pessoas que realizam o procedimento.

''É preciso que se discuta de forma exaustiva com o paciente que irá se submeter ao exame sobre o uso recente de antibióticos, internações recentes e qualquer outro dado que informe sobre o risco de ele possuir cepas resistentes’', afirma o doutor Stacy Loeb, principal autor do estudo e professor de urologia da Universidade de Nova York. ''Porém, se o paciente for um homem que de outra forma seria saudável e irá se beneficiar do tratamento, ele não precisa ter medo de realizar o procedimento’', afirma.

O relatório aparece na edição de novembro da revista The Journal of Urology.

The New York Times

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